segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A fragância sincopal


Tudo se desconcerta, quando se entontece para o embalo do turbilhão
Que nos faz cair sem tropeçar.
Tudo tem um passado, que deixa marca quando as cicatrizes se curam
E o apetite apenas serve para relembrar.
Tudo tem um veneno que fervilha sem que as águas se agitem
Onde os pensamentos morrem sem sarar.
Tal como a quebra da onda nada altera
Apenas tudo embala para se definhar.  

domingo, 6 de outubro de 2013

Vertigo

O pão que o Diabo amassou
Nem o Judas salvou.
A batalha que Ulisses liderou
Nem Protesilau poupou.
A invocação que Camões declamou
Nem D. Sebastião regressou.

São os sinais da desintegração
Conseguimos senti-los, mesmo sem coração.