domingo, 30 de novembro de 2008

Demência

Olhos espicaçados em correntes, meticulosas e inconstantes.
Alegorias incompletas, falsas e mutáveis.
Portas entreabertas, onde fados frágeis espreitam, tímidos e rosados, que envolvem linhas fertilizadas de demência.
Mundos incomensuravelmente apagados, torturados pela vívida paixão do nada.
Corpos majestosos! Embriagados pela audaz visão tórrida do paraíso.
Áspero som que rasga o polido tegumento, pelo grito sublime de revolta.

“Rápido, meu Senhor. Rápido!” Gritam as garotas no término das suas vidas. Corpos luminosos se arrastam pela austera rua do purgatório.

Consciência dominada pela exaltação do pensamento.
Profundas vivências pós-culturais no ínfimo segundo entre a vida e a morte.

E só me resta dizer:

Rápido, meu Senhor. Rápido!

2 comentários:

Ju disse...

Sabes que sempre fui uma fã da tua escrita! Por isso, estás de parabéns por dois motivos:
1º Escreves lindamente e os poemas estão brilhantes;
2º O nome do blog é excelente!

André disse...

já conhecia os poemas, o blogue é que não :D

aqui no blogue não há cá friends requests. por isso deixo aqui o registo escrito de que somos amigos. beijo