quinta-feira, 27 de maio de 2010

O processo axiomático e os seus manifestos



Enche-me o copo.
Torna a razão mais diluída.
Não penses.
Dá-me o elixir correcto. Esse, sim, que, como eu, tanto anseias.
Vamo-nos embriagar nas sensações e nas emoções e deixar de lado as palavras que tanto gostamos de escrever, de ler e de sofrer.
Não relembres o passado nem os seus fantasmas.
Eu sei. Tu sabes.
Nós sabemos a Fórmula que outrora estivera presente na, agora, colofónia das nossas mentes labirínticas, desordenadas e desassossegas.
O vazio do que somos e no que nos tornamos é lacerante.
Dança, ao meu lado, com perícia e jucundidade como se de uma declamação se tratasse.
Deixa-me consumir-te desmedidamente o íntimo.
Deixa-me adivinhar-te a alma. Deixa-me decifrar-te a nu.
Enche-me o copo.
Torna a razão mais diluída.
Não penses.

4 comentários:

Ju disse...

Já não passava pelo teu blog já algum tempo! Mas, continuas a escrever lindamente; este último texto é qualquer coisa de brilhante!

Abraço caro amigo!

al disse...

«Deixa-me adivinhar-te a alma. Deixa-me decifrar-te a nu.
Enche-me o copo.
Torna a razão mais diluída.
Não penses.»

que lindo :)

pinguim disse...

vou passar a vir aqui mais vezes.
gostei *

Carlos Vinagre disse...

Envia-me um email para carlos.filipe.vinagre@gmail.com.

Já não falamos há algum tempo...

Estoua desenvolver uma revista e gostaria de ter uma contribuição tua, isto é, um texto teu.

Abraço